O glaucoma é uma doença que afeta os olhos, causando danos ao nervo ocular. Ele faz com que o paciente tenha sua visão reduzida aos poucos. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico. Se a doença não for tratada, o paciente pode ser levado à cegueira. Considerado como uma doença silenciosa, por não apresentar sintomas na maioria dos casos, ele é a principal causa da cegueira no mundo.No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença atinge 2% dos brasileiros acima dos 40 anos, resultando em cerca de um milhão de pessoas.
Quem pode ser afetado pelo glaucoma?
Embora comum em pessoas a partir dos 40 anos, o glaucoma também pode afetar crianças e jovens. O glaucoma primário infantil é um defeito congênito raro que impede que o líquido seja drenado de maneira apropriada da parte frontal do olho. Esse bloqueio aumenta a pressão dentro do olho, o que, se deixado sem tratamento, danifica o nervo óptico e pode causar cegueira completa. Ele ocorre em bebês e crianças pequenas, podendo afetar somente um olho (em 40% das crianças) ou ambos os olhos (em 60% das crianças).
Por outro lado, sempre existiram casos de glaucoma em jovens. Já foram mais raros e têm a ver, na maior parte das vezes, com fatores hereditários. No entanto, o uso de determinadas medicações anda disparando o glaucoma na adolescência. É preciso ficar alerta aos remédios para tratar déficit de atenção. Este tipo de medicação é capaz de disparar a pressão intraocular e , assim como os adultos, os adolescentes não perceberem o avançar desta doença capaz de lhes roubar a visão.
Portanto, não podemos pensar que o glaucoma afeta apenas os adultos; ele pode aparecer em qualquer idade. O exame da pressão intraocular deve fazer parte da rotina do adulto e também de crianças e jovens, sobretudo se fazem uso de remédios para melhorar sua atenção ou se vêm de uma família de portadores de glaucoma. Ao primeiro sinal de problemas com a visão, é importante que se faça uma visita ao oftalmo.
Fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma
Os médicos alertam para alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença que pode levar à cegueira, se não tratados. Confira:
- Pressão intraocular elevada;
- Idade acima dos 60 anos ou acima dos 40 anos, para o caso de glaucoma agudo;
- Afro americanos são mais propensos a desenvolver glaucoma do que pessoas caucasianas, principalmente os acima dos 40 anos de idade;
- Histórico familiar de glaucoma pode elevar as chances de um indivíduo desenvolver a doença também;
- Doenças no olho, como alguns tumores, descolamento de retina e inflamações, aumentam o risco de glaucoma;
- Fazer uso por muito tempo de medicamentos à base de corticosteroides.
Além disso, entre os principais fatores de risco estão diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo que também podem levar à doença.
Se houver suspeita de glaucoma, não espere por sinais visíveis de problemas nos olhos. Exames oftalmológicos regulares e diagnóstico precoce são a principal forma para detectar o glaucoma e poder evitar a progressão da doença e complicações mais graves.
Algumas atitudes facilitam a consulta médica.Que tal saber quais são?
Ao marcar sua consulta, levar anotadas algumas observações facilita o diagnóstico e agiliza o tempo. O médico, provavelmente, fará algumas perguntas para as quais você já estará preparado.
Vamos lá!
- Faça uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram;
- Elabore um histórico médico, incluindo outras condições que você tenha e quais os medicamentos ou suplementos que toma com regularidade;
- Se possível, peça para uma pessoa lhe acompanhar.
Durante a consulta, quais os exames serão solicitados?
Os principais exames realizados para fazer o diagnostico são:
- Acuidade visual;
- Avaliação do nervo óptico;
- Campimetria;
- Exame com lâmpada de fenda;
- Gonioscopia (uso de lentes especiais para verificar os canais de circulação do ângulo);
- Imagens do nervo óptico;
- Resposta do reflexo da pupila;
- Tonometria para medir a pressão ocular.
Além dos exames mais complexos que poderão ser solicitados, o médico precisará examinar o interior do olho, observando através da pupila, que geralmente é dilatada. O especialista geralmente realiza um exame completo do olho para confirmar o diagnóstico.
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